quinta-feira, 22 de outubro de 2009

http://www.db.com.br/noticia/107675.html

Polícia fecha lan house que era usada para prostituição em Campina Grande

Sexta, 25 de Setembro de 2009 15h26

Antonio Ribeiro
antoniosilva.pb@diariosassociados.com.br

Agentes da Polícia Civil, acompanhados de funcionários do Ministério Público Estadual, conduziram, na tarde de quinta-feira, dia 24, à Central de Polícia, uma estudante de 21 anos, sob a acusação de prática de prostituição dentro de uma lan house, no centro de Campina Grande. Ela foi flagrada dentro de uma cabine do estabelecimento Órion, situada na Rua Major Juvino do Ó, Centro, em estado inicial de ato sexual, segundo informaram os agentes.

O fato foi flagrado graças a uma investigação do MPE. De acordo com o promotor Herbert Douglas Targino, uma denúncia fora feita a Promotoria de Defesa da Infância e Juventude informando que no estabelecimento cibernético estava havendo marcação de programas, atos libidinosos e prática de sexo, principalmente depois das 20h. Os programas seriam marcados por MSN e os atos realizados dentro das próprias cabines, que são fechadas e com tranca por dentro.

Um encontro foi simulado por profissionais do MP,no qual a garota cobrou a quantia de R$ 60 pelo ato e concordou com a presença de um menor de idade na relação. Um rapaz se passando por cliente entrou em contato com a moça, marcou o programa, disse também que pretendia levar um adolescente um tanto tímido e viabilizou o flagrante com a participação da PC. O rapaz entrou no estabelecimento, enquanto uma equipe da PC ficou de fora, aguardando um sinal para a abordagem. Na oportunidade em que foi iniciada as preliminares para o sexo com a garota, ela teria perguntado pelo menor de idade. O rapaz informou que iria ligar para o garoto entrar e na realidade acionou os agentes, que fizeram o flagrante.

No estabelecimento, eles constataram sujeiras nas paredes das cabines, algo semelhante a esperma, o que aumentou a suspeita do MP. Indagada pela imprensa, a estudante disse que realmente usava os computadores da Órion para marcar programas, mas que não praticava sexo na lan house. "Eu marcava aqui, mas ia pra um motel e só ia com adulto. Eu só tirei a roupa porque ele foi quem me chamou pra cabine dele. E também foi ele quem me convidou pelo MSN, mas não existe isso", afirmou Maria.

O proprietário da lan house, que não quis se identificar, disse que não sabia de nada sobre o problema. Acompanhado do advogado, ele afirmou que o estabelecimento existe com alvará de funcionamento para a atividade de lan house. "Eles entram lá e eu não vejo o que eles fazem. É um espaço privativo e nós não temos como saber", disse o proprietário.

Por sua vez, o promotor Herbert Douglas Targino ressaltou que uma lan house é um estabelecimento licenciado para a prática de inclusão social através da internet e não para a utilidade da perversão social. Ele disse se tratar de um crime cibernético, contra a dignidade sexual, que deve ser investigado pela polícia, com o objetivo de punir quem for culpado. De acordo com a Lei 12.015, que trata do assunto, as penas para este tipo de infração varia entre seis e 10 anos de reclusão. Até o fechamento desta edição, o proprietário da lan house e a estudante permaneciam na Central de Polícia.